A FLUCONOMiCS nasceu como uma newsletter, cuja ideia inicial era tratar com profundidade a análise das finanças do Fluminense Football Club. Adicionalmente, pretendia avaliar sua gestão de uma forma independente e exercer um papel fiscalizatório, que eu entendia na época que inexistia.
Então a newsletter começou a trazer informações que não agradavam gestores, no intuito de tirá-los de suas zonas de conforto. O objetivo prioritário sempre foi combater as inúmeras narrativas e contrapor o impressionante esforço de desinformação que é coordenado em redes sociais e portais dedicados a cobertura esportiva. Incomodar para forçar uma busca contínua por melhorias, algum tipo de ruptura do modelo e do sistema, uma rebeldia planejada e necessária.
Mas depois de seis meses de existência, ficou claro que não poderia limitar a FLUCONOMiCS ao Fluminense. Os assuntos que foram abordados e principalmente a pauta de edições programadas vão muito além de um único clube. E muitos assuntos se aplicam a diversos clubes e todos eles estão inseridos em vários ambientes e instâncias problemáticas.
Os assuntos trazidos ao debate poderiam até ser mal interpretados e atribuídos a um único clube, quando na verdade são mazelas que afetam o futebol de uma forma global.
E dessa forma a FLUCONOMiCS foi ampliando sua abordagem, tanto na newsletter como no Twitter.
É preciso antagonizar com tudo que orbita em volta das mazelas de modelos associativos que se sustentam de vários clubes, incluindo o Fluminense, que deve ser fim e não meio para as pessoas.
E quem sabe, buscarmos, em conjunto, soluções e alternativas, formar novos quadros mais técnicos, elevar o senso crítico que existia e se perdeu por completo nos últimos anos.
A FLUCONOMiCS objetiva, a partir de diagnósticos mais precisos e imparciais, sem conexões com projetos de poder, trabalhar efetivamente na continuidade e transformação do futebol.
Nesse contexto de falar muito além de Fluminense, o batismo da newsletter serve como sinalização para qual time eu torço. Mitiga aquela enfadonha discussão de quem escreve algo que desagrade torce para o rival A, B ou C. Obviamente o Fluminense será usado na imensa maioria de análises e comentários, pois somos historicamente pioneiros (pelo menos éramos) e as mudanças sempre precisam começar por algum lugar.
A nova iniciativa no WordPress
Tudo ia relativamente bem com o combo Twitter+Revue, até noticiarem que o serviço que hospedava a newsletter seria descontinuado.
Eu sempre quis ter um plano de contingência, e durante o processo de migração da newsletter para o Substack, resolvi pô-lo em prática através do WordPress.
Mas o WordPress apresenta uma infinidade de recursos adicionais bem atrativos, portanto, ele jamais será um mero plano de contingência para uma newsletter. Levará algum tempo para tudo ser posto em prática, mas pretendo hospedar por aqui muito mais coisa além das edições da FLUCONOMiCS, principalmente muito conteúdo que acaba perdido na dinâmica de uma rede social como o Twitter.
Sobre a independência da FLUCONOMiCS
Não tenho atualmente qualquer relação comercial com modelos associativos em clubes de futebol no Brasil, muito menos intenção de falar o que gestores amadores querem ouvir no intuito de faturar em cima do suado dinheiro que os torcedores despejam nas mãos desses modelos. Não fazia isso enquanto estava numa Big4, imagina fora desse ambiente e sem pressões comerciais e metas de faturamento. Entendo que isso é fundamental para estabelecer a independência necessária para não ficar pisando em ovos.
Tampouco sou sócio do Fluminense. Não acredito no modelo associativo, entendo que democratização não se aplica a negócios de natureza privada como se tornou o futebol e tenho certeza que a falta de critério na seleção e recrutamento de membros dos conselhos diretivos, deliberativos e fiscais de clubes contribui de forma significativa para a insolvência do Fluminense e de outras dúzias de clubes brasileiros, além de trazerem problemas para clubes pelo mundo todo.
Modelos associativos são a causa raiz das péssimas gestões que, equivocadamente, nos acostumamos a conviver.
Também não faço parte de grupos políticos. Desses eu nunca fiz parte, talvez até por acidente ou absoluta falta de tempo quando poderia ter sido abduzido por isso. As vezes a gente dá sorte na vida.
A essa altura já deveria ter ficado claro, mas não custa registrar que não tenho aspirações políticas (não sou sócio e portanto estou inabilitado estatutariamente) e nenhuma vontade de exercer qualquer tipo de cargo no Fluminense sob a égide de modelos associativos. Mesmo com esses salários nababescos que vemos por aí, ainda os considero insuficientes para a aborrecimento e sobretudo para o risco de quem quiser atuar focado em transformar e profissionalizar clubes. Meses de 60 ou 90 dias não são a minha praia, muito menos ter que lidar com a sabotagem quase que diária daqueles que defendem com unhas e dentes a preservação desses modelos associativos.
Esse portal trará muito mais detalhe do que escreverei abaixo, mas de forma resumida, a FLUCONOMiCS se sustenta num tripé:
- Tenho vasta experiência em diligências, auditorias e projetos de consultoria, incluindo algumas pioneiras em clubes de futebol;
- Sou um torcedor frustado ao extremo por ver um dos maiores clubes de futebol se tornar insolvente e refém de empresários e gestores de qualidade duvidosa; e
- Estou cansado de coberturas tendenciosas, narrativas e análises rasas.
Como entrar em contato comigo
A melhor forma de interagir comigo é através do Twitter. Eu tenho contas em outras em outras redes, mas para melhorar a divulgação das edições da newsletter. Não esperem me achar interagindo em outras redes com muita frequência.
Eu uso o THREEMA, uma aplicativo de IM pago. Quando vocês lerem minhas credenciais, entenderão o motivo pelo qual prefiro aplicativos mais seguros e que zelem pela nossa privacidade. Minha ID por lá: 5W5AXTTT.
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